DIÁRIO DE GUIA: Luis Esmerino

Por: Raphael Kurz

Domingão pós October Big Day e estamos aqui pra quê? Pra falar (escrever) mais uma vez sobre passarinhos!! Hahaha Bá, ontem o Big Day me quebrou, tive febre a noite toda e passei o domingo zanzando e tomando remédio e agora que me sinto um pouco melhor, vou cumprir com a meta do final de semana que era escrever sobre essa expedição por aqui!! Leia até o final e deixe um comentário, espero que tu goste e continue lendo o que escrevo por aqui!!

Sobre a expedição:

Pra ver como estou atrasado, o Luis Esmerino veio pra cá ainda em setembro e passamos 4 dias juntos (Do dia 14 ao 17) e juntos rodamos pela região da Campanha Gaúcha, pela Serra dos Tapes (Sítio Flor & Osória) e é claro que também fomos em Rio Grande e percebemos a forte influência da chuva que havia caído no norte e no centro do estado no início do mês de setembro… Mas mesmo enfrentando esses desafios (da água), conseguimos ver várias espécies incríveis!

Serra dos Tapes (Sítio Flor & Osória)

Sempre que chove e há possibilidade, vamos pro Sítio Flor & Osória pra não perdermos o dia e quando o Luis veio pra cá, logo na primeira manhã o clima estava meio instável (o famoso chove e não molha). Então decidimos ir para o Sítio Flor & Osória onde há um comedouro incrível com diversas espécies de aves que enchem o cartão de memória de qualquer observador que vem pra cá. Desconheço lugar tão bom pra ver a saíra-preciosa (Stilpnia preciosa) e o sanhaço-papa-laranja (Rauenia bonariensis) quanto aqui. Além dessas figurinhas carimbadas, tivemos uma grata surpresa no Sítio. Um gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor) pousou na árvore acima do comedouro fazendo com que a bicharada toda voasse desesperada pra não virar comida de gavião. Foi apenas o segundo registro da espécie no município do Morro Redondo, fazendo a alegria de todos que ali estavam, inclusive do Gustavo (proprietário do Sítio), que até então nunca tinha visto a espécie por ali. Outra novidade foi observar o chupim-azeviche (Molothrus rufoaxillaris) se alimentando no comedouro, outra espécie inédita no Sítio!!

Alguns registros feitos no Sítio Flor & Osória:

Campanha Gaúcha

Na Campanha Gaúcha tiramos um dia pra visitar Pinheiro Machado, Bagé e Aceguá. Fomos bem específicos e fomos atrás das espécies-alvo da lista de lifers do Luis. Em Pinheiro Machado, fomos em busca do ameaçado veste-amarela (Xanthopsar flavus) e conseguimos encontrá-lo. Nessa época do ano é relativamente fácil vê-los nessa área, já que geralmente nidificam por ali. Uma pena é que o gado está avançando muito sobre as áreas de brejo que o veste-amarela nidifica. Torçamos para que a área siga aguentando essa pressão que sofre do gado. Ainda em Pinheiro, rolou um registro inédito pro município, encontramos o caminheiro-de-barriga-acanelada (Anthus hellmayri). Essa espécie eu já procurava há bastante tempo, já que o ambiente era propício para vê-lo. Enfim, consegui!
Em Bagé e Aceguá rodamos bastante e conseguimos encontrar o raro e endêmico caminheiro-de-unha-curta (Anthus furcatus). Até hoje, essa espécie só foi registrada aqui no Rio Grande do Sul, o que engrandece bastante o registro!

Algumas fotos feitas na região da Campanha Gaúcha:

Rio Grande

Foi desafiador estar em Rio Grande durante esses dias. Eu particularmente nunca tinha visto tanta água nos banhados como vi nessa semana com o Luis. E mais incrível ainda é que essa água toda não é da chuva que caiu aqui na nossa região, mas sim da chuva que caiu há muitos quilometros daqui, no norte e centro do estado. Mas como assim? Pra quem não sabe, praticamente toda chuva que cai no estado, acaba desaguando no Lago Guaíba e depois disso desce até a Lagoa dos Patos e consequentemente acaba no mar, aqui em Rio Grande. O problema dessa vez é que a quantidade de água foi tão grande que na hora de ir pro mar, era tanta água que acabou “não descendo”. Com isso, a Lagoa começou a inchar e consequentemente os banhados começaram a subir explodindo de tanta água. O vento sul também faz com que a água não desça pro mar e isso acabou acontencendo deixando áreas super importantes pra observação de aves inacessíveis, como a Ilha da Torotama que estou há mais de um mês sem conseguir ir lá, devido ao clima que não permite que a gente consiga (ainda hoje) ir nesses locais. A força da natureza é realmente incrível…

Mas voltando a falar das aves, como Rio Grande estava cheia de água, aproveitamos e fomos registrar as aves… Aquáticas, obviamente! Foram várias marrecas e aves que vivem na água! E detalhe: Até hoje os banhados estão cheios de água e de vida!!

Alguns registros feitos em Rio Grande:

Encerramos a viagem com 146 espécies observadas, de acordo com nosso TripReport no eBird. Foram muitas aves incríveis, endêmicas e muito bem registradas pelo Luis.

Nosso TripReport, no eBird.

Encerro esse post agradecendo ao Luis pela ótima parceria nesses 4 incrívreis dias que tivemos juntos. Muito papo bom, é sempre bom conhecer pessoas que agregam conhecimento e nos dão bons conselhos. Obrigado por tudo, Luis! E até a próxima!

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