Por: Raphael Kurz
Buenas, pessoal! Nesse início de ano paramos um tempo por casa e reorganizamos nossas coisas pra 2024. A principal novidade é que agora temos um carro próprio para nossas expedições. Adquirimos uma Renault Duster 2024 pra termos mais conforto durantes as passarinhadas. Além disso, estamos fechando algumas parcerias bem legais pra 2025..
Na segunda que vem estamos indo pra Lagoa do Peixe, onde ocorrerá mais duas edições do nosso WorkPhoto, então ficaremos praticamente 14 dias seguidos numa das regiões mais ricas para observar aves migratórias no Brasil. Felizmente conseguimos preencher as duas turmas e em abril, começaremos a divulgar as datas para o ano que vem, fica ligado!!
Sobre a expedição:
Acho que o Rogério é a pessoa que mais veio passarinhar conosco de 2020 pra cá, então a possibilidade de lifer é cada vez menor, já que vai ficando só as aves mais cascudas “pra trás”. Juntos, ficamos dois dias e meio e rodamos por Rio Grande e pela Lagoa do Peixe. Tínhamos alguns objetivos bem difíceis e dos 3, conseguimos registro de apenas 1 espécie.
Faz parte, isso é super normal, ainda mais se tratando de espécies mais complicadas, como as que procurávamos.
Leia o post até o final pra saber como foi a nossa viagem.
Rio Grande, Lagoa do Peixe e Pelotas
No início do post, falei que visitamos Rio Grande e a Lagoa do Peixe, mas como tivemos uma manhã em Pelotas, melhor deixar tudo completo aqui…
Em Rio Grande, o objetivo maior era registrar o arredio-de-papo-manchado (Cranioleuca sulphurifera). Espécie que considero bem comum e abundante nas áreas de palha e junco aqui da região. Ser abundante, não significa que seja fácil de registrar. Pensa num bichinho que geralmente dá trabalho… Pois é, passamos uma manhã inteira tentando conseguir uma foto dele e fomos conseguir um registro “meia boca” já bem próximo do meio-dia… Infelizmente o vento atrapalhou muito e não conseguimos ver quase nada de aves nessa manhã, uma pena…
Depois disso, pegamos a balsa em direção à Lagoa do Peixe. Antes de irmos, dei uma passada na Praia do Mar Grosso, em São José do norte, com a expectativa de encontrar o maçarico-de-bico-torto (Numenius hudsonicus), espécie que encontrei por lá em meados de fevereiro. Esse maçarico é bem mais comum no litoral norte do país e raramente é visto aqui no sul, então é lifer pra quase todo mundo que mora no estado e não viaja pra observar aves. Rodamos bastante em São José do Norte e pela Lagoa do Peixe tentando avistá-lo, mas não tivemos êxito.
Em contrapartida, conseguimos ver muitas limícolas pela Lagoa do Peixe, já que até o final de abril elas começam a se reunir por aqui, antes de migrarem para o hemisfério norte novamente.
Na Lagoa do Peixe, tentamos encontrar a narceja-de-bico-torto (Nycticryphes semicollaris). E essa deu muito, mas muito trabalho mesmo e infelizmente vimos apenas um vulto dela e não rolou registro. Algumas semanas antes, eu tinha encontrado alguns indivíduos por lá, mas como a área estava cheio de pescadores, acredito que acabou afastando elas dali e dificultou bastante nossa vida.
Mas essa é daquelas espécies que sempre irão dar trabalho. Mesmo que a gente encontre alguns indivíduos, é bem chatinha de se registrar e encontrá-las pousadas é como ganhar na loteria. Em contrapartida, vimos dezenas de papa-piri (Tachuris rubrigastra) e dessa vez haviam muitos indivíduos jovens, que pra mim foi uma novidade.
Em Pelotas, fomos atrás do corucão (Podager nacunda) e do jacurutu (Bubo virginianus), conseguimos ver as duas espécies com bastante facilidade.
Encerramos nossa expedição com muitas espécies registradas, mas com poucos lifers pro Rogério, mas faz parte do jogo!!
Alguns registros feitos nesses dias:
De acordo com o nosso Trip Report no eBird, vimos 79 espécies. Pena que não fiz lista em todos os lugares que passamos, mas faz parte.
Agradeço ao Rogério pela parceria de sempre, muito bom estar com esse cara nota 10! Parceiro de várias expedições, desde o Pantanal até o Iberá, o Rogério é daqueles que sempre agregam na vida da gente!
Que nesse ano a gente possa fazer mais algumas voltinhas juntos, nem que seja aqui pelo Rio Grande do Sul mesmo!!
Pra encerrar o post, te convido a participar da nossa rifa para Expedição Urupema, onde iremos passar 6 dias observando aves na cidade do papagaio-charão (Amazona pretrei), na melhor época para vê-los.
O valor do número é apenas R$60,00 e os sortudos que ganharem, terão 6 dias com TUDO PAGO na região.
O que ganha? Guiada, hospedagem, translado, alimentação, visitação em vinícolas e pomares de maça…
Premiação:
1º lugar: 1 pessoa + acompanhante
2º lugar: 1 pessoas
Para participar e ver todos os detalhes, basta clicar na foto abaixo e comprar teu número direto no site! Aproveita que o sorteio é no início de abril!!