DIÁRIO DE GUIA: Marilize Guandalini e Nelci Kaletka

Buenas, meus amigos. Cá estou eu novamente escrevendo mais um breve relato de uma super expedição aqui no RS. Dessa vez, com a Marilize e com a Nelci, que vieram de Curitiba pra registrar as aves aqui do estado conosco. Ficamos juntos por 7 dias (Do dia 11 ao dia 17 de outubro). Rodamos bastante atrás da bicharada e visitamos vários municípios, como Bagé, Aceguá, Pinheiro Machado, Rio Grande, Pelotas, Morro Redondo (Sítio Flor & Osória), Mostardas e Tavares.

Parte 1: Bagé, Aceguá e Pinheiro Machado

Iniciamos nossa expedição debaixo de chuva, infelizmente chegamos em Bagé e o tempo não colaborou muito, mas é por isso que acho importante dedicar dois dias nessa região. O foco é sempre ver as aves endêmicas, como o caminheiro-de-unha-curta, o arapaçu-platino e nesse caso, a marreca-oveira. Organizei o roteiro pra vermos essas e outras espécies que eram lifer pra elas duas. É sempre um desafio maior guiar mais de uma pessoa, porque geralmente o objetivo não é o mesmo e até mesmo a lista de lifers causa certas divergências, o que não foi o caso dessa vez. Nos organizamos direitinho e alinhamos os objetivos, fazendo com que fosse uma viagem agradável pra todos. Ainda na primeira tarde, conseguimos observar uma cena muito legal. Um açude com ninho de maguari, curicaca-real e os cisnes-de-pescoço-preto com jovens filhotes nas costas. Encerramos o dia com muita coisa legal no cartão de memória, apesar do tempo não ter colaborado muito.
Já no nosso segundo dia, fomos cedo atrás da marreca-oveira e conseguimos vê-las super bem, fazendo com que elas fizessem lindos registros dessa rara espécie que nos visita. Ainda pela manhã, voltamos para o hotel, tomamos café e organizamos as coisas para irmos embora. No meio da manhã, fomos no Haras Estrela do Sul, onde fomos visitar uma prima da Marilize, a Jaque. Por lá, fomos muito bem recebidos e aproveitamos bem o passeio, já que conseguimos ver várias espécies e fazer alguns registros. No meio da tarde retornamos para casa, mas antes disso, fizemos uma parada em Pinheiro Machado pra tentar registrar o azulinho. Será que deu foto? Claro que sim, mais um “golaço” na nossa expedição.

Abaixo, algumas fotos feitas na primeira parte da expedição:

Parte 2: Pelotas, Rio Grande e Morro Redondo

Como ficaríamos alguns dias na Lagoa do Peixe, me preparei pra irmos atrás das aves que são difíceis de encontrar por lá, como o joão-platino, a saracura-carijó e algumas outras que são facilmente encontradas por aqui.

Logo no nosso primeiro dia em Rio Grande, já visitamos uma área super importante do roteiro e deu pra ver muita coisa legal, como as famosas marrecas-de-coleira que ficam pousadas nas cercas. Essas aí já fizeram a alegria de muitos observadores nesse final de temporada aqui no sul. No segundo dia em Rio Grande, fomos na área do joão-platino, que facilitou bastante mais uma vez. Depois voltamos correndo pra Pelotas pra tentar pegar a saracura-carijó antes que o sol do meio-dia começasse a castigar. Deu certo, mais um lifer no cartão de memória delas.

Na parte da tarde, nos deslocamos para o Sítio Flor & Osória, onde o objetivo era ficarmos até a noite para tentar fotografar o urutau e a corujinha-do-mato. Durante a tarde, ficamos sentados na varando observando e fotografando as aves no comedouro do Sítio, ótimo local pra ver aves aqui na região. Ao entardecer, quem deu as caras foi o tuju, ave crepuscular que é praticamente impossível de ser fotografada em vôo (com camêra superzoom). Quando escureceu, fomos atrás do urutau. Fomos não, ele veio até nós, já que o jardim é cheio de locais propícios pra ele pousar. Quando ele chegou, bateu o nervosismo, aquela apreensão de se estar frente a frente com a espécie desejada pode atrapalhar um pouco, mas é totalmente compreensível. Depois de perder algumas chances, as gurias capricharam na foto do bichinho, golaço delas!! Pouco depois disso, saímos pelo corredor ao lado da propriedade e por ali encontramos a corujinha-do-mato, mais um lifer na noite.

Abaixo, algumas fotos feitas na segunda parte da expedição:

Parte 3: Parque Nacional da Lagoa do Peixe

Sabe quando tu sente saudade de um local? Pois é, eu estava morrendo de saudades de voltar na Lagoa do Peixe. No inverno, não costumo muito ir ali, porque a maioria das aves procuradas pelos clientes encontramos com maior facilidade aqui mesmo, em Rio Grande. Então prefiro concentrar minhas energias do lado de cá da Lagoa dos Patos. Mas bora contar como foi nossa passagem por lá? Então, logo na nossa chegada (com chuva), fomos direto na Chácara Manduca Belém, do Neri. O Neri é um grande parceirão nosso e lá na chácara dele encontramos a narceja-de-bico-torto, espécie que deu bastante trabalho pra ser fotografada, mas as gurias conseguiram registrá-la em vôo.

No meio da tarde, nos deslocamos pra Mostardas, onde ficaríamos hospedados. Mesmo com chuva, insistimos em sair pra dar uma voltinha na Trilha das Dunas, não deu pra ver muita coisa, mas já valeu pra tirar a ansiedade por estar na Lagoa do Peixe.

Já no segundo dia, o tempo colaborou bastante e fomos direto pra Barra pra ver os flamingos e as aves limícolas. O flamingo deu trabalho, mas elas conseguiram fazer boas fotos. Na tarde, já na Trilha do Talha-mar, conseguimos ver outras espécies e na volta pro hotel, a grande surpresa, a jacurutu nos esperava. A luz estava bem ruim, levando em conta que já estava quase escurecendo. Em virtude disso, combinamos de irmos bem cedo ao amanhecer, pra ver se encontráva-mos elas por lá e adivinha? Mais um golaço, ela deu show e nos possibilitou ótimos registros dessa ave tão linda. Depois disso fomos no Porto Barquinho ver o papa-piri e outras aves dos juncais.

A grata surpresa ficou pelo super registro que a Marilize fez da narceja-de-bico-torto. Dessa vez, a ave estava pousada, fazendo com que o registro ficasse bem melhor que o feito no primeiro dia, na Manduca Belém.
Na parte da tarde, fomos na Trilha da Figueira pra ver se os flamingos estavam próximos, mas infelizmente não estavam. Seguimos em frente e fomos tentar a sanã-cinza, mas infelizmente não deu registro, ela vocalizava bastante, mas não apareceu de jeito nenhum.

Abaixo, algumas fotos feitas na Lagoa do Peixe:

Encerramos nossa expedição com vários novos registros pra elas duas, muitas risadas e boas histórias pra contar. Agradeço a Marilize, por ter nos contatado no início do ano e ter confiado no meu trabalho. Infelizmente a Elenise não pôde vir junto por problemas de saúde. Com a desistência da Elenise, a Nelci embarcou nessa empreitada conosco e a Nelci foi a fotografa da expedição. Mas não tô falando de fotografa de aves, mas sim de todos os momentos. Ela registrou toda a viagem e todos momentos mais legais que passamos juntos. Muito legal essas lembranças, Nelci. Agradeço também ao Sergio, marido da Marilize que por muitas vezes foi nosso motorista e um grande parceiro nessa aventura.
Como eu sempre digo: Em cada viagem, em cada expedição, aprendo um pouquinho mais e nessa viagem pude absorver muita coisa legal, obrigado gurias!

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