Buenas, meus amigos. Bora falar de passarinho mais uma vez?? Então, dessa vez eu vou escrever brevemente sobre a saída que fizemos semana passada com o amigo e observador, José Maria Franco, que veio de Goiás pra fotografar aves no Rio Grande do Sul.
O José havia marcado essa saída cerca de três meses atrás e como ele já registrou quase 1300 espécies, sabia que não seria tão fácil encontrar lifers pra ele, ainda mais que ele já havia vindo no sul há alguns anos atrás.
Bom, mas como eu costumo sempre ser bem sincero, avisei pra ele que teríamos algumas tarefas difíceis e outras mais fáceis, já que ele ainda não tinha vindo pro sul no inverno.
Sobre a viagem
Começamos a nossa saída pela clássica voltinha por Bagé e Aceguá, ali já deu pra ver bastante coisa legal. Além dos lifers, o José sempre ia registrando o que aparecia e melhorando alguns registros feitos antes. A segunda parte da nossa expedição foi na Fronteira Oeste, visitamos o Parque do Espinilho e por lá, fomos atrás das aves endêmicas da região e pra terminar, voltamos para Rio Grande, em busca das aves costeiras e migratórias de inverno.
Sobre a saída
Iniciamos em Bagé e Aceguá e por lá, registramos o caminheiro-de-unha-curta, uma das aves mais procuradas por observadores, já que ela é endêmica do bioma pampa e lá naquela região, há alguns locais muito bons pra fotografar a espécie.
Abaixo, algumas fotos feitas por lá:
Lá no Espinilho, separamos quase 3 dias pra ver as aves de lá, mas por incrível que pareça, conseguimos ver tudo que procurávamos em menos tempo e conseguimos voltar um dia antes da região.
Já na primeira tarde, deu pra registrar o cardeal-amarelo e um ou outro endêmico. A foto não ficou muito boa, pois o céu estava branco no fundo. Quem é fotografo sabe que isso não é muito legal pra uma composição na fotografia. No segundo dia, conseguimos ver várias aves legais e típicas da região, como o lenheiro, o tio-tio-pequeno (esse nem sempre dá mole, mas dessa vez foi muiiiito fácil registrá-lo), o coperete e o corredor-crestudo. Faltava apenas um, o rabudinho, outra ave endêmica e ameaçada da região. Geralmente sempre fica uma espécie difícil pra trás, mas dessa vez insistimos e na última manhã conseguimos encontrá-lo e acredite, o bichinho deu um mole absurdo!!!
Uma curiosidade sobre o Espinilho. Por lá, o tempo muda frequentemente e dessa vez enfrentamos 4 estações em apenas 3 dias. Fez calor, fez frio, fez muito vento e choveu bastante no último dia, mas no final deu tudo certo!
Abaixo, algumas fotos feitas na região:
A terceira parte da nossa expedição foi muito prejudicada pela chuva, foram 160mm em 2 dias e meio, nos impossibilitando de irmos à campo. Insistimos um pouco e mesmo assim deu pra ele registrar a gaivota-de-rabo preto. Por sorte, ele já tinha ido na Argentina e feito alguns migratórios que estavam na lista inicial de lifers que ele me passou. Infelizmente a chuva veio com força pro sul, isso faz parte… Ao menos o José entendeu a situação e deu tudo certo no final!
Lista de lifers dele na viagem:
- gaivota-de-rabo-preto
- cisne-de-pescoço-preto
- frango-dágua-carijó
- caminheiro-de-unha-curta
- pomba-do-orvalho
- arapaçu-platino
- tio-tio
- rabudinho
- coperete
- tio-tio-pequeno
- corredor-crestudo
- lenheiro
- arredio
- corta-ramos
- cardeal-amarelo
Foram 15 novas espécies. Levando em consideração que deixamos de fazer algumas em virtude da virada do tempo, foi uma expedição e tanto, né?
Agradeço de coração ao José Maria pela parceria, pelas conversas e pelas risadas durante a viagem. Foi muito legal acompanhá-lo por aqui e em breve vou em Goiás pra retribuir a visita, como o combinado!!
Agende sua saída pelo sul conosco, em breve as aves migratórias de verão já estarão com tudo na região. Dá uma olhada na nossa agenda e vamos simbora!!!
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