DIÁRIO DE GUIA: Nina Wenoli

Buenas, pessoal! Postando um pouco atrasado de como foi esse tour por aqui, mas o que importa é que agora tá “indo pro ar”. Estive com a Nina dos dias 6 ao 14 de dezembro de 2021 e foi uma viagem incrível, com muuuuuuita coisa boa e algumas nem tão boas assim, como vou tentar contar de maneira breve por aqui. Estou um pouco atrasado com as publicações no blog, mas ainda esse mês vou tentar dar uma acelerada nos posts pra não deixar nada tão atrasado. Já tem algumas publicações pra fazer das saídas de 2022, então se eu deixar acumular, “ferrou tudo”.

Mas bora lá, vamos falar da viagem?

Logo que fui pegar a Nina no aeroporto, tivemos nosso primeiro probleminha na viagem. Ela acabou esquecendo o celular no UBER e o mesmo acabou “sumindo”. Tivemos que fazer umas boas voltinhas atrás de celular novo e ir na delegacia pra registrar a ocorrência. Ainda bem que nessa primeira tarde não tínhamos nada marcado, apenas a chegada dela na cidade mesmo. Conseguimos resolver tudo apenas na outra manhã e resumindo: A Nina ficou com um celular novo, mas sem chip ativo, já que pra ativar o número de Campo Grande, só no estado dela mesmo. Esse é o tipo de burocracia que nunca vou entender, mas enfim, bora pros passarinhos…
Nossa primeira parada foi em Bagé e Aceguá, onde o objetivo era ver algumas espécies típicas de lá, que eram lifer pra Nina, como a marreca-oveira, a galinha-d’água-carijó e outras. Encontramos praticamente todas espécies que procurávamos, foi nota 10 nossa passada pela campanha.
Depois disso, fomos rumo à Rio Grande, onde encontramos o estorninho e conseguimos acompanhar o primeiro voo do jovem filhote que estava no ninho. Infelizmente é uma ave exótica que está se espalhando aqui pelo sul e provavelmente vá se alastrar rapidamente por outras regiões do nosso estado. Ficamos um bom tempo “na volta” do ninho esperando e vendo o comportamento do adulto que vinha com bastante frequência pra deixar alimento para os jovens. Em Rio Grande também fomos na ESEC do TAIM e esticamos até Santa Vitória do Palmar pra tentar encontrar o pintassilgo-europeu, outra exótica que está “subindo” pelo Uruguai para dentro do Rio Grande do Sul, mas dessa vez não tivemos êxito e não foi por falta de tentativa…

Lagoa do Peixe

Nossa expedição continuo no Parque Nacional da Lagoa do Peixe e logo na chegada, um baita encontro! Na Trilha do Talha-Mar encontramos centenas de andorinhas-do-barranco, um lifer muito desejado pela Nina e logo de início já fez foto de um bichinho chato de se encontrar.. Seguimos pela praia até a Barra e encontramos uma pardela-sombria já bem debilitada na areia, infelizmente isso é bem frequente na região. Na Barra deu pra ver aquela infinidade de aves migratórias e como sempre, deu pra fazer muita foto legal. Passamos mais dois dias na Lagoa do Peixe e infelizmente a seca fez com que não encontrássemos muitas espécies. A beira da praia estava muito melhor que as “trilhas” na Lagoa e mal sabia eu que a seca ficaria pior nos dias seguintes…

Subindo a Serra

A última parte da nossa expedição foi na serra, atrás da patativa-tropeira, em Caxias do Sul.

Saímos da Lagoa do Peixe super cedo e no caminho, presenciamos um acidente bem feio. Eu consegui ver toda a cena e lembro como se fosse hoje. Eu estava indo à cerca de 90km/h quando avisto um carro na minha frente, cerca de 1km de distância… Quando de repente o carro “salta” sozinho e capota umas 4 vezes antes de cair no barranco ao lado da estrada. Quando ele cai, capota mais 2 vezes e fica parado de “cabeça pra baixo”. Estacionei o carro, liguei o pisca-alerta e esperei o pior… Quando desço do carro, percebo que tinha um rapaz bem novo saindo pelo vidro do carro capotado e super consciente e bem veio falar conosco. Ele estava indo pra um rodeio ali perto e simplesmente o carro capotou. Pra mim foi um pneu que estourou ou quebrou o eixo do carro, não sei explicar. Todo material de rodeio que ele tinha dentro do carro voou longe e ele só saiu vivo dessa por que estava usando o cinto de segurança. Ligamos para um amigo dele que prontamente veio resgatá-lo e nós seguimos nosso caminho até a serra..
Antes de chegarmos em Caxias do Sul, passamos por São Francisco de Paula e com umas dicas do amigo e guia Juan Anza, pudemos visitar alguns lugares bem legais e já deu pra ver algumas espécies de altitude como o pedreiro e o caboclinho-de-barriga-preta.

Já em Caxias do Sul, tivemos a companhia e auxílio do Cláudio Cesar, um amigo que a observação de aves me deu e que foi muito importante para que a gente encontrasse a espécie que procurávamos: A patativa-tropeira. Passamos o dia juntos, enfrentamos uma chuvinha chata, mas o dia foi extremamente proveitoso, com 100% das espécies-alvo fotografadas e muito bem fotografadas, como o ameaçado veste-amarela.

Antes de encerrar o post, quero agradecer à todos amigos que encontramos durante esses dias: Neri Costa, em Tavares, Cláudio Cesar em Caxias, Rodrigo Reis em Rio Grande e Rafael Lopes, em Bagé. Todos estiveram conosco e acrescentaram positivamente na nossa expedição, obrigado meus amigos!

Abaixo, algumas fotos feitas durante esses dias:

De acordo com o eBird Trip Reports, nós vimos mais de 200 espécies nesses dias juntos e visitamos lugares incríveis. Pra ver com maiores detalhes, clique no link: https://ebird.org/tripreport/7754

Agradeço de coração a Nina pela parceria, como eu sempre digo aqui: A observação de aves é muito mais que ver passarinho, ela nos faz conhecer pessoas especiais e a Nina entrou nesse time de pessoas mais que especiais pra mim. Tanto é que seguimos conversando com uma certa frequência. Obrigado por todos aprendizados durante esses nossos bons dias juntos e obrigado por ser exatamente assim como és, Nininha! Agora é minha vez de me organizar e ir pra Campo Grande ver umas araras, né? Quem sabe ainda em 2022? Vamos ver…

Termino esse post dizendo que em 2022 teremos muita coisa nova por aqui, como saídas pelágicas, roteiros montados pra ver as principais espécies do RS e um roteiro especial pra ver todos caboclinhos a partir de novembro. Fica ligado aqui que estamos criando bastante coisa legal. Afinal, observação de aves no RS é com o Aves do Sul!

Quer agendar sua saída conosco? Dá uma olhada na nossa agenda e marque! Temos disponibilidade para o final de fevereiro e início de março!!

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