Por: Raphael Kurz
Buenas, pessoal! Está difícil manter as coisas atualizadas por aqui, mas como eu gosto bastante de escrever, hoje vou atualizar o blog das nossas expedições. Foram 16 dias em campo nos últimos dias, mais da metade deles na Lagoa do Peixe, então conseguimos ver muita coisa massa entre as duas edições do nosso WorkPhoto.
Sobre a expedição:
O Mário e o Caio participaram da nossa primeira turma do WorkPhoto de 2024 e no intervalo entre essa e a segunda turma, tive a oportunidade de guia-los. Foram 4 dias (de segunda a quinta) e nesse período rodamos pela Lagoa do Peixe, Rio Grande, Pelotas e Morro Redondo. O objetivo, é claro que era mostrar novas espécies pra eles e conseguimos (mesmo que correndo), ver bastante coisa legal por aqui, vale a leitura.
Lagoa do Peixe
Como os guris já haviam participado do WorkPhoto, deu pra ver bastante coisa legal antes da guiada, mas como o objetivo do evento não é ir atrás de aves específicas, aproveitamos pra ir atrás de algumas espécies ainda na Lagoa do Peixe. A luz dispensa comentários, pegamos um clima excelente e isso nos deu condições de aproveitar o que a região de Tavares e Mostardas tem de melhor: As aves limícolas.
Na Barra da Lagoa do Peixe tivemos uma excelente surpresa, o trinta-réis-negro (Chlidonias niger) desfilou voando e pescando na nossa frente. Esse é um dos trinta-réis mais difíceis de serem vistos por aqui. Além dele, o destaque ficou por conta do maçarico-de-bico-virado (Limosa haemastica) e sua linda plumagem nupcial.
Nossa expedição começou e terminou em grande estilo na Lagoa do Peixe. Momentos antes deles retornarem para Porto Alegre, fomos tentar ver os flamingos-chilenos (Phoenicopterus chilensis) numa área que geralmente eles estão na parte da tarde e a luz está sempre bem legal por ali. Cheguei meio sem esperanças, pois já tinha ido ali alguns dias antes e nada deles estarem perto…
Mas como os guris são pé-quente, conseguimos ver um bando imenso e eles deixaram a gente se aproximar bastante. É claro que tivemos que entrar na água pra isso, mas sempre vale a pena!
*Obs.: A foto de capa desse post mostra o momento em que eles chegaram bem próximos dos flamingos.
Algumas espécies na região da Lagoa do Peixe:
Pelotas, Rio Grande e Morro Redondo
Como tínhamos pouco tempo e uma enormidade de espécies pra ver, otimizei o roteiro e fomos atrás das aves em vários ambientes diferentes, fazendo com que aumentasse a possibilidade de lifers e também boas fotos, é claro que eles tinham que pôr em prática o que foi ensinado no WorkPhoto, né?
Enfim, em Rio Grande o destaque ficou por conta das marrecas que mesmo fora de época apareceram bastante. Em virtude das chuvas nos últimos dias por aqui, algumas poças ficaram cheias d’água atraindo bastante anatídeos, como é comum em setembro/outubro. Obviamente a variedade de espécies é menor, mas deu pra ver a marreca-colhereira (Spatula platalea), super incomum nessa época do ano. Ainda em Rio Grande, conseguimos ver o primeiro colegial (Lessonia rufa) da temporada, espécie muito procurada por observadores de aves do Brasil inteiro.
O joão-da-palha (Limnornis curvirostris) também foi registrado, esse é um furnarídeo que tem sua ocorrência restrita ao Rio Grande do Sul.
Em Pelotas visitamos os banhados na beira da Lagoa dos Patos e o show ficou por conta do quem-te-vestiu (Poospiza nigrorufa), ave que o Mario queria muito ver! Que bom que encontramos!!
No Morro Redondo, fomos uma tarde no Sítio Flor & Osória e é claro que o objetivo era ver o sanhaço-papa-laranja (Rauenia bonariensis) e saíra-preciosa (Stilpnia preciosa) nos comedouros. E sim, conseguimos ver as duas espécies muito bem, fazendo valer a ida até o lugar. Como somos inquietos, ficamos até a noite pra tentar a corujinha-do-sul (Megascops sanctaecatarinae) e a danada deu trabalho…
Toquei o playback algumas vezes e nada de responder, quando já havíamos desistido e subido de volta pra casa, ela começa a vocalizar bastante. Resolvi descer novamente e começou a saga… Ela cantava sempre embrenhada na mata e não aparecia de jeito nenhum, até que pulamos uma cerca e tentamos vê-la em outro ângulo. Golaço, a bichinha ficou no limpo e deu foto boa pra eles!!
Alguns registros feitos em Rio Grande, Pelotas e Sítio Flor & Osória:
Não fiz muitas listas nesse período, mas mesmo assim conseguimos ver 126 espécies em pouco mais de três dias de passarinhada. Como rodamos bastante de carro, acabamos perdendo um pouco tempo de campo. Em contrapartida, conseguimos ver vários ambientes distintos, fazendo com que a gente encontrasse espécies bem legais.
Sem palavras pra agradecer ao Mario e ao Caio por esses dias mais que agradáveis juntos. Um gremista, um palmeirense e um flamenguista nunca foram tão amigos e parceiros, como nós fomos nesses dias hahahaha
Papo bom que agrega bastante conhecimento pra mim e pra minha vida. Esse tipo de coisa não há preço que se pague! Espero que em breve possamos estar juntos novamente.
Pra encerrar o post, te convido a participar da nossa rifa para Expedição Urupema, onde iremos passar 6 dias observando aves na cidade do papagaio-charão (Amazona pretrei), na melhor época para vê-los.
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O valor do número é apenas R$60,00 e os sortudos que ganharem, terão 6 dias com TUDO PAGO na região.
O que ganha? Guiada, hospedagem, translado, alimentação, visitação em vinícolas e pomares de maça…
Premiação:
1º lugar: 1 pessoa + acompanhante
2º lugar: 1 pessoas
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