E nesse último final de semana (De 11 à 13 de dezembro), tive a oportunidade de guiar o Giancarlo e a Roberta, dois grandes amigos que fiz em 2020 e foi a segunda vez que estivemos juntos aqui pela região. O desafio foi grande, tentar mostrar novas espécies para quem já havia registrado mais de 400 aves diferentes dentro do estado nesse ano, mas foi legal demais.
Na sexta, saímos de Pelotas no meio da manhã e fomos tentar algumas espécies por aqui mesmo, mas infelizmente não apareceram. O objetivo era o arredio-de-papo-manchado (Cranioleuca sulphurifera), mas dessa vez o bichinho não deu mole. Já percebi que ele é muito mais ativo no inverno. Seguimos nosso caminho e fomos pra Rio Grande, pra pegar a balsa e irmos para a Lagoa do Peixe. Chegamos em Mostardas no meio da tarde e fomos até a praia pra ver algumas aves costeiras.
No outro dia, acordamos cedo e fomos até a Barra da Lagoa, pra tentar ver umas aves limícolas e os flamingos, figurinhas carimbadas por lá. Pro nosso azar, estava chovendo muito e infelizmente tivemos que abortar a missão, ficamos dentro do carro tentando encontrar algumas aves na areia. E não é que valeu a pena? Voltamos para almoçar e segundo o cronograma, na parte da tarde iríamos para outra área da Lagoa, mas já que o sol havia dado as caras, voltamos na Barra da Lagoa e conseguimos ver diversas aves. O que chamou a minha atenção foi a quantidade de maçaricos, eram milhares de aves por lá. O que complica um pouco na hora de identificar e encontrar alguma espécie diferente, mas mesmo assim deu pra registrar bastante coisa. Voltamos para a pousada e encontramos o falcão-peregrino (Falco peregrinus). Um lifer que há muitos anos eu esperava fazer, mas a foto ficou horrível, porque a ave estava muito alto (numa torre) e a luz não favorecia. Mas mesmo assim, valeu muito ao menos observar essa espécie, que é considerada o animal mais rápido do mundo.
No ultimo dia, tínhamos apenas uma manhã pra tentar encontrar alguma coisa diferente. Seguimos nosso caminho e graças aos olhos de águia da Roberta, encontramos uma ave muito especial, a narceja-de-bico-torto (Nycticryphes semicollaris). A ave ficou imóvel na nossa frente, realmente é uma espécie que confia muito na sua camuflagem. Pela primeira vez consegui bons registros da espécie. Depois disso caminhamos bastante atrás de alguma ou outra ave que poderíamos ver por lá e quando já se aproximava do meio-dia, resolvemos voltar pra Pelotas.
Abaixo, algumas fotos da nossa expedição
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