DIÁRIO DE GUIA: Robson Schuler

Por: Raphael Kurz

Buenas, pessoal! Meio sumido aqui desde a “publicação do piuí”, mas esse último mês tem sido meio corrido, além do trabalho, tenho dado uma viajada pelo Rio Grande do Sul pra explorar alguma ou outra área que possa virar novo roteiro para nossas expedições. Na semana passada fiquei uma semana pela mata atlântica rodando e fotografando algumas espécies que encontrávamos nesses dias. No próximo mês, vou ficar uns dias na Serra e seguirei essa prospecção.

Hoje estou aqui em Bagé, retornando do Espinilho e resolvi aproveitar que chegamos um pouco mais cedo do campo pra atualizar o blog.

Sobre a expedição:

Já perdi as contas de quantas vezes já recebi o Robson pra sairmos pra observar aves, mas ainda faltava uma ida ao Espinilho com ele e dessa vez, esse foi o objetivo principal, nossa expedição foi curta, foram apenas 3 dias (30/05 ao 01/06) e foi beeeem corrida, mas bem aproveitada.

Como o Robson é de Porto Alegre, fica mais fácil marcar essas viagens mais curtas com espécies-alvo bem definidas e como ele já tinha visitado o Parque do Espinilho uns bons anos atrás, ficaram faltando apenas algumas espécies para encontrar e registrar pelo Parque.

Eu sempre gosto de ficar no mínimo dois dias inteiros no Parque pra tentar aproveitar ao máximo, mas como o deslocamento de Pelotas até Barra do Quaraí leva praticamente um dia inteiro, tivemos que correr no Espinilho pra conseguir ver o que procurávamos.

Quando o Robson veio, ainda tinha chances de ver o piuí-verdadeiro-do-oeste, espécie que andou aparecendo aqui e permaneceu por um curto período de tempo e depois foi embora. Infelizmente quando o Robson veio, não conseguimos mais encontrá-lo.

Como fomos até Rio Grande, aproveitamos pra ver algumas espécies por lá e conseguimos ver uma pardela-de-barrete (Ardenna gravis) na beira da Praia do Cassino, ave marinha que estava debilitada na areia. Prontamente ligamos para o CRAM da Furg (Centro de Reabilitação de Animais Marinhos) e eles foram lá fazer o resgate dessa ave.

Além da pardela, deu pra fazer algumas espécies bem legais em Rio Grande, como o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), a capororoca (Coscoroba coscoroba) e o estorninho (Sturnus vulgaris), que também era lifer pro Robson.

No Parque do Espinilho, tivemos apenas um dia inteiro pra tentar ver a bicharada e foi excelente! Conseguimos encontrar e fotografar praticamente tudo que estava na lista. Com destaque pro corta-ramos (Phytotoma rutila), espécie migratória de inverno que aparece aqui no estado apenas no inverno. O lenheiro (Asthenes baeri) também era uma espécie-alvo e colaborou bem, propiciando ótimos registros.

O cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata) não era lifer, mas ele resolveu se exibir na nossa frente, aparecendo repentinamente quando menos esperávamos, foi massa demais!

Aproveitando pra falar sobre o cardeal-amarelo… Essa é uma espécie que deixa 99,9% dos observadores de aves ansiosos e nervosos e sempre que estamos tranquilos e sem aquela pressão de procurá-lo, ele se apresenta super bem e surpreende à todos. Nesses últimos dias que eu estive no Parque, sempre foi assim. Ele aparece super bem quando menos esperamos e quando saímos à procura dele, acaba sendo um pouco mais difícil. Será que ele tem algum pressentimento? Enfim…

Abaixo algumas fotos feitas nesses dias juntos:

Apesar do pouco tempo juntos, conseguimos ver várias espécies diferentes e várias delas típicas do bioma pampa. Algumas delas bem restritas ao extremo sul do estado!

Resumo do nosso Trip Report.

 

Agradeço ao Robson pela parceria de sempre e pela confiança no nosso trabalho. Sempre bom receber as pessoas que já vieram algumas vezes e resolvem retornar. Isso é um feedback muito legal que gostamos de receber!

Bora passarinhar no Rio Grande do Sul conosco? Ainda temos algumas datas disponíveis para 2024! Há voos diretos diariamente para minha cidade (Pelotas), então não precisa vir até Porto Alegre, pode descer direto em Pelotas e voltar por Pelotas!

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