DIÁRIO DE GUIA: Cátia e Tomé

 

Por: Raphael Kurz

Bora falar de passarinho mais uma vez por aqui!!! Esse último mês tem sido “pauleira” por aqui. Muitas expedições e saídas pra observar aves, o que acaba dificultando muito minha vida pra atualizar o blog por aqui, mas aos poucos vamos conseguindo… Hoje tô aqui por Bagé e como a internet do hotel colabora, vou conseguir postar sobre essa saída bem massa que aconteceu no início de junho.

Sobre a expedição:

O Tomé e a Cátia agendaram essa passarinhada e quase não saiu em virtude dos desastres que assolaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses. Menos mal que eles conseguiram remarcar o voo pra Pelotas e conseguimos adequar essa expedição por aqui. Juntos, passamos 5 dias (do 5 ao 9 de junho) e rodamos pela região da Campanha Gaúcha, visitando os municípios de Pinheiro Machado, Bagé e Aceguá, fronteira com o Uruguai. Além disso, rodamos por Rio Grande e também fomos até o Sítio Flor & Osória e aproveitamos o excelente comedouro de aves que há por ali!

Campanha Gaúcha

Como falei no início do texto, na região da Campanha, rodamos por Pinheiro Machado, Bagé e Aceguá e como de costume, foi muito massa passar por esses locais. Vale ressaltar que essa região do estado não foi afetada em nada pelo excesso de água que acabou deixando o Rio Grande do Sul num crítico estado, como todos sabem.

Em Pinheiro Machado passamos numa área que estou acostumado a visitar e como sempre conseguimos ver muitas espécies incríveis e típicas do bioma pampa, como o arredio-do-gravatá (Limnoctites rectirostris) e o tio-tio (Phacellodomus striaticollis), duas espécies que sempre encontramos nessa área que ainda é bem preservada.

Na região de Bagé e de Aceguá, rodamos pelos campos nativos e por algumas áreas de banhados/alagados e cada ambiente traz consigo uma variedade de espécies e percorremos alguns bem importantes pra aumentar a lista de “novos registros” pra eles. O que vale lembrar que não era tarefa muito fácil não, levando em conta que eles já viajaram bastante e que já haviam vindo pro sul algumas vezes…

Na estrada, indo pra Aceguá, nos deparamos com a linda e imponente águia-serrana (Geranoaetus melanoleucus), espécie que sempre chama a atenção e nos encanta. E pra ficar melhor ainda, esse indivíduo facilitou bastante nossa vida, ficando imóvel por um bom tempo possibilitando que nos aproximássemos e conseguíssemos bons registros com aquela luz perfeita que só o inverno do Rio Grande do Sul proporciona. Além da águia, em Aceguá encontramos o caminheiro-de-unha-curta (Anthus furcatus), espécie com ocorrência restrita ao Rio Grande do Sul (de acordo com o Wikiaves).

Também vimos uma quantidade enorme de estorninhos (Sturnus vulgaris), que infelizmente estão cada vez mais comuns na nossa região. São lindos, mas que tem potencial de causar um estrago.

Em Bagé, a saracura-do-banhado (Pardirallus sanguinolentus) deu um show, literalmente um show. Desfilou na nossa frente durante um bom tempo permitindo ótimos registros.

Algumas espécies registradas na Campanha Gaúcha:

Rio Grande e Sítio Flor & Osória

Em Rio Grande havia algumas áreas bem cheias dificultando um pouco a nossa vida. Mas como tínhamos poucas “espécies-alvo”, acabamos focando somente naquilo que nos interessava. Uma dessas espécies era o arredio-de-papo-manchado (Limnoctites sulphuriferus), bichinho que nem sempre facilita e nos deu bastante trabalho. Tivemos que dedicar dois dias indo na área dele e conseguindo um registro apenas aos 45 do segundo tempo, no dia de ir embora. Comemoramos muito, pois era uma das únicas possibilidades de lifer do Tomé em Rio Grande. Além dele, conseguimos ver o marrecão (Netta peposaca), outra pedra no sapato de muita gente. Por mais que o número de registros dele por aqui seja relativamente alto, é mais comum encontrá-los a partir de agosto, quando alguns banhados estão com um nível de água mais atrativo pros anatídeos. Como agora está bem cheio, acabamos ficando sem ver algumas espécies que são bem mais fáceis na metade do segundo semestre.

Além dessas espécies, conseguimos ver bastante coisa massa, como o enorme gavião-preto (Buteogallus urubitinga) que ficou imóvel na ESEC TAIM, esse é figurinha carimbada por lá. A capororoca (Coscoroba coscoroba) também facilitou bastante. Como há muita água, essas espécies acabam ficando bem próximas da estrada, possibilitando bons registros.

No Sítio Flor & Osória, aproveitamos o comedouro e o show ficou por conta da bela saíra-preciosa (Stilpnia preciosa) e do sanhaço-papa-laranja (Rauenia bonariensis), que na minha opinião são as estrelas do comedouro.

Alguns registros feitos em Rio Grande e no Sítio Flor & Osória:

Rodamos pouco menos de 5 dias por aqui e conseguimos ver 130 espécies de aves nos locais que fomos. Muitas delas endêmicas ou típicas aqui do Bioma Pampa. Abaixo, uma foto do nosso TripReport no eBird.

Agradeço ao Tomé e a Cátia pelos ótimos dias que passamos juntos. Insistimos e conseguimos encontrar todas espécies que eram possíveis serem vistas nessa expedição. Um pouco de sorte e insistência nunca fazem mal pra ninguém, não é mesmo? Ainda mais caminhar uns bons quilometros nos Molhes do Cassino pra tentar ver alguma espécie rara.. Hahahahaha

Obrigado por tudo! Até a próxima!!

Bora passarinhar no Rio Grande do Sul conosco? Ainda temos algumas datas disponíveis para 2024! Há voos diretos diariamente para minha cidade (Pelotas), então não precisa vir até Porto Alegre, pode descer direto em Pelotas e voltar por Pelotas!

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